Goiânia teve na tarde de ontem, na Praça Universitária, a quinta manifestação nacional em defesa da educação e da ciência, como parte das atividades do segundo dia de mobilização da Greve Nacional da Educação de 48h. Participaram servidores e estudantes do IFG, do IF Goiano e da UFG, representantes dos sindicatos de trabalhadores da educação federal, estadual e municipal e das entidades estudantis locais (Centros Acadêmicos, DCEs, União Estadual dos Estudantes e Associações de Pós-graduandos).
As principais pautas foram: pela retomada dos investimentos de custeio das IFES, descontingenciamento e aumento no valor das bolsas de pós-graduação, recontratação dos servidores terceirizados demitidos, defesa da liberdade de cátedra e expressão dentro das IFES, combate ao “Future-se”, luta pela autonomia institucional e contra a militarização e mercantilização da educação.
Pelo resto do país, assim como em Goiânia, os principais setores mobilizados foram as comunidades acadêmicas dos institutos e universidades federais. Em Alagoas, cerca de 2 mil pessoas saíram às ruas de Maceió em luta pela educação, e, em São Paulo, 14 campi do IFSP, das mais diversas regiões do estado, aderiram à Greve de 48 horas.
Entre manifestações de rua, atividades culturais, debates, ocupações e rodas de conversa, a comunidade acadêmica da Rede Federal também construiu a Greve nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Paraíba, Distrito Federal, Ceará, Rio Grande do Sul e Sergipe. As mobilizações ocorreram tanto nas capitais quanto nos campi do interior.
Dia de Educação e Ciência na Rua
No centro de Goiânia ocorreu, na manhã do dia 2, primeiro dia de Greve Nacional da Educação, o “Dia de Educação e Ciência na Rua”, que foi uma atividade de diálogo e apresentação à população dos projetos e pesquisas desenvolvidos dentro dos Institutos Federais e da UFG. Ao longo da manhã, foi possível conversar com dezenas de pessoas e com veículos de imprensa que foram cobrir a atividade sobre os impactos concretos que as pesquisas científicas realizadas pelas Instituições Federais de Educação em Goiás produzem para a classe trabalhadora.
O objetivo foi aproximar a sociedade do ambiente acadêmico, em um momento que o governo federal bloqueia verbas, corta bolsas de pesquisa e extensão e questiona, junto a parcelas da sociedade civil, a importância e validade das universidades e institutos públicos de educação.