20 mil nas ruas de Goiânia contra a Reforma da Previdência

Os servidores do IFG e IF Goiano estiveram presentes nas manifestações da Greve Geral tanto na capital quanto nas cidades do interior onde há campi da Rede Federal.

Cerca de 20 mil professores, técnico-administrativos em educação, funcionários públicos federais, estaduais e municipais, bancários, metalúrgicos, vigilantes, servidores dos Correios, do Poder Judiciário e da saúde pública, movimentos populares de luta pela terra e por moradia urbana, urbanitários, eletricitários, técnicos previdenciários e estudantes universitários, secundaristas e de pós-graduação tomaram o centro de Goiânia na manhã da última sexta-feira (14/6). Foi data da Greve Geral convocada pelas centrais, no feriado do Dia do Trabalhador, contra a Reforma da Previdência e em defesa dos direitos sociais e liberdades democráticas.

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Professores e técnicos do IFG e IF Goiano estiveram junto do Sintef-GO na passeata de Goiânia, que se iniciou com a concentração no Coreto da Praça Cívica e desceu até a Praça do Trabalhador. No interior, houve registros de manifestações em Anápolis, Formosa, Cidade de Goiás, Catalão, Jataí, Rio Verde, Itumbiara, Luziânia, Mineiros, Porangatu, Quirinópolis, Silvânia, Itapuranga e Itapirapuã, com participação de servidores da Rede nos municípios onde têm campi.

Segundo levantamento das centrais sindicais, 45 milhões de trabalhadores de mais de 300 cidades se envolveram na Greve pelo país todo; seja comparecendo aos atos, seja não indo trabalhar. A mobilização foi maior que a greve geral de 28 de abril de 2017, quando 35 milhões de trabalhadores cruzaram os braços em 254 municípios.

Cidades travadas

O transporte público, contemplando as redes urbanas de ônibus, metrôs e trens, parou ou teve a circulação atrasada em São Paulo, Brasília, Salvador, Natal, Belém, Curitiba, Campo Grande, Recife, Belo Horizonte, São Luís, Aracaju e Vitória, além de importantes regiões e municípios do interior, como ABC paulista, Sorocaba, São José dos Campos, Feira de Santana e Mossoró.

Em Goiânia, a frota circulou normalmente, embora os ônibus da Metrobus tenham tido a circulação atrasada por conta da mobilização de trabalhadores e estudantes organizados no Fórum Goiano, que bloquearam a entrada da garagem do Eixo.

Avaliação das centrais

Hoje, as centrais sindicais se reuniram na sede do Dieese, em São Paulo, para avaliar o movimento paredista nacional de sexta-feira. Os sindicalistas consideraram que os pequenos recuos do governo, como retirar a desconstitucionalização e a proposta de capitalização da PEC vigente e postergar sua implementação para uma outra emenda a ser apresentada no segundo semestre, são resultados da pressão que a greve gerou.

Em nota, as entidades destacaram a construção coletiva e ampliada da greve, que não se restringiu ao movimento sindical, e garantiu seu êxito. “O sucesso da mobilização é resultado da unidade de ação do movimento sindical, construída ao longo do tempo e renovada nas deliberações das assembleias em locais de trabalho, em plenárias realizadas por categoria e intercategorias; e da articulação com os movimentos sociais, populares,  religiosos e estudantil”.

Também anunciaram as etapas seguintes das mobilizações. “Nosso próximo passo será, em breve, entregar aos presidentes da Câmara e do Senado abaixo-assinado contra a proposta de Reforma da Previdência do governo, com centenas de milhares de assinaturas coletadas em todo o país”. Também foi anunciada uma nova reunião das centrais em 24 de junho, para avaliar as táticas a serem adotadas na luta.

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