TODOS NA GREVE GERAL EM 14 DE JUNHO

Por Walmir Barbosa, secretário-geral do Sintef-GO

O Governo Bolsonaro avança na agenda de recessão econômica e de privatizações, de entrega de nossas riquezas naturais ao capital internacional e de destruição dos direitos sociais e políticos conquistados pelos trabalhadores ao longo do século XX. Sua plataforma política converge neoliberalismo, reforma autoritária do Estado e fascismo, recebendo apoio das diversas frações do capital e do sistema de mídia. Procura tirar o país da crise econômica mantendo os ganhos do capital e jogando seus custos nas nossas costas.

Esse governo, apoiado pelo Congresso Nacional, pelo Judiciário e pelas Forças Armadas, tem promovido o maior ataque aos trabalhadores e camadas populares que a sociedade brasileira já vivenciou:

I – Promove a política de desvalorização do salário mínimo e restringe o acesso a programas sociais;

II – Gera o maior número de desempregados, subempregados e desalentados da nossa história, bem como piora as condições de vida da imensa maioria da população;

III – Amplia os cortes na educação e na saúde e conduz uma guerra de destruição das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e do Sistema Único de Saúde (SUS);

IV – Libera agrotóxicos e esvazia a Farmácia Popular;

V – Desarticula a fiscalização contra os agressores do meio ambiente e estimula a invasão armada de territórios indígenas e quilombolas por fazendeiros e grandes empresas;

VI – Incentiva a ação policial repressiva e a execução sumária de “suspeitos” materializando a chamada “lei do abate” do ministro Sérgio Moro;

VII – Encobre o assassinato de lideranças populares e promove a formação de milícias armadas por meio do apelidado “Decreto do Rearmamento”;

VIII – Entrega reservas do pré-sal e outras riquezas nacionais aos grandes capitais nacionais e internacionais e adota a política externa de subserviência aos Estados Unidos;

IX – Avança as privatizações de empresas estatais e preserva desonerações tributárias;

X – Ataca diretamente as fontes financeiras dos sindicatos de trabalhadores e conduz ação persecutória contra dirigentes sindicais e partidários.

Para completar a obra do retrocesso, o Governo Bolsonaro tenta aprovar uma reforma da previdência que restringe o direito à aposentadoria, autoriza a desvinculação constitucional de receitas com gastos sociais e promove a reforma fiscal e tributária, que reduz custos fiscais do capital. Tudo isso para ampliar as condições de geração de superávit fiscal primário para pagamento de juros da dívida pública e disponibilizar mais recursos públicos para o grande capital por meio de redução de impostos e da ampliação de recursos públicos para o seu financiamento.

Trabalhadores do campo e da cidade, estudantes e juventude, movimentos populares e de luta contra as opressões estão demonstrando que é possível a construção de uma Frente Política Ampla de defesa da Previdência Social, dos direitos sociais e das liberdades democráticas. Milhões saíram nas ruas nos dias 15 e 30 de maio em centenas de cidades do país em luta contra os cortes orçamentários e em defesa da educação, ciência e tecnologia; em defesa da Previdência e dos direitos sociais e das liberdades democráticas, e em preparação para a Greve Geral do dia 14 de junho.

A percepção da existência de um projeto regressivo de país, orientado nos campos político, social, econômico e cultural, tem elevado a legitimidade das entidades, movimentos e lutas sindicais, estudantis e populares, bem como isolado o Governo Bolsonaro na opinião pública. Todavia, as diversas frações do capital e seu governo não recuarão sem a efetiva paralisação das atividades produtivas.

É fundamental a ampliação das mobilizações e movimentos de massas nas ruas contra as políticas desse Governo, bem como o aprofundamento da organização das forças populares em uma perspectiva classista mediante um sólido trabalho de base nos locais de trabalho, estudo e moradia. Esse é o caminho da resistência aos ataques que o governo e o capital movem contra os trabalhadores, as camadas populares e a juventude.

Em Goiás, o êxito da Greve Geral de 14 de junho depende diretamente do engajamento das centrais sindicais e dos movimentos populares e estudantis. Esse engajamento será decisivo para a paralisação dos trabalhadores de setores estratégicos e/ou muito importantes no estado, como aqueles empregados no transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia, nos distritos industriais de Goiás e nos serviços públicos federais, estaduais e municipais. O seu êxito também depende da mobilização das entidades gerais e de base dos estudantes e dos movimentos populares da cidade e do campo, tendo em vista as mobilizações massivas nas diversidades cidades do estado.

Nesse sentido, o Sintef-GO aprovou a adesão à Greve Geral do dia 14 de junho por meio de Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 07 de junho. O Sintef-GO também conclama os servidores técnico-administrativos e docentes do IFG e do IF Goiano a construírem em suas cidades a Greve Geral do dia 14 de junho contra a Reforma da Previdência e em defesa dos direitos sociais e das liberdades democráticas.

 Sintef-GO,

Na Luta!

Construindo a Greve Geral de 14 de Junho!

 

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