A professora Camila Marques, docente de Sociologia no IFG-Águas Lindas, foi detida pela Polícia Civil e levada algemada à delegacia para prestar depoimento com três alunos na manhã de ontem (15/04/2019). Camila estava dando aula quando policiais entraram na sala para investigar uma ameaça de atentado armado no Câmpus. A professora e dirigente nacional do Sinasefe começou a gravar a cena, denunciando que a abordagem estava sendo desnecessariamente truculenta, alegando também que deveria haver um acompanhamento da ação pelo Conselho Tutelar e a direção do Câmpus Águas Lindas, o que não estava ocorrendo.
A professora afirmou que recebeu autorização de um dos agentes para filmar, mas depois foi interpelada pelo chefe da operação por ter os arquivos no celular, tomaram-lhe o aparelho para apagá-los, conduzindo-a em seguida para a delegacia acompanhada de três alunos, dizendo que ia como testemunha. No entanto, explica, em momento algum permitiram-na entrar em contato com advogados e disseram que não poderia haver gravações em vídeo pois a operação era sigilosa.
Hoje, a diretoria do Sintef-GO se posicionou oficialmente sobre o caso, prestando solidariedade à professora Camila Marques e questionando o modus operandi adotado pela direção do Câmpus, que contrariam a política e a cultura acadêmica adotadas comumente no IFG.
Confira a versão da nota em PDF NOTA DE SOLIDARIEDADE E DE DEFESA DA AUTONOMIA INSTITUCIONAL