SEÇÃO SINDICAL DE BASE DO CAMPUS CERES REALIZA ASSEMBLEIA LOCAL COM SERVIDORAS E SERVIDORES

Na manhã desta quinta-feira, 31 de março, a Seção Sindical de Base do SINTEF-GO no Campus Ceres do IF Goiano, realizou uma assembleia local com as servidoras e servidores para discutir a campanha de recomposição salarial emergencial e as condições de trabalho dos docentes e técnico-administrativos no campus. A assembleia contou com uma boa participação das duas categorias. Após discutir sobre os cálculos das perdas salariais pela inflação e a proposta de recomposição salarial emergencial de 19,99%, foi ressaltada a necessidade de se iniciar um trabalho de ampliação do Estado de Mobilização deflagrado pelo SINTEF-GO, de modo que se possa alcançar mais docentes e TAE’s, bem como toda a comunidade acadêmica e sociedade em geral.

Foram discutidas, também, as condições de trabalho no Campus. De maneira geral, as servidoras e servidores presentes apontaram para o problema da situação de sobrecarga de trabalho, em contexto de retorno das aulas presenciais. O déficit de servidores, em especial dos técnico-administrativos, tem provocado desdobramentos em nomeações de comissões extraordinárias de trabalho em que docentes e TAE’s vêm desempenhando funções administrativas que fogem ao escopo das atribuições originárias de seus cargos, situação que demonstra desvio de função, desresponsabilização da gestão e precárias condições de trabalho. Esta situação, além de representar um risco administrativo e jurídico, pois os servidores e servidoras têm sido obrigados a desempenhar funções para as quais não têm formação ou conhecimento, ocasiona sérios danos à sua saúde física e mental.

Em relação aos TAE’s, foi levantada a negativa e a resistência da instituição em atender a flexibilização da jornada de trabalho prevista no Decreto 1.590/1995. Nos últimos anos, as gestões do Campus e da Reitoria, vêm criando travas e barreiras burocráticas para a concessão da flexibilização, a exemplo da Portaria N° 154, de modo a negar esta reivindicação da categoria e limitá-la ao máximo, mesmo nos setores que atendem os critérios previstos no Decreto acima citado.

O retorno 100% presencial imediato e açodado dos TAE’s no Campus Ceres também foi mencionado, sendo apontada a necessidade de ter ocorrido o retorno gradual, como a Reitoria e os outros campi do IF Goiano fizeram, de modo a seguir as recomendações de profissionais da área da saúde para uma transição que ocasionasse menos danos possíveis à saúde mental dos servidores e servidoras. Foi informado aos e às presentes que a Seção Sindical de Base, quando ocorrido o fato, enviou ofício para a Direção-Geral do Campus questionando a decisão da gestão e as justificativas apresentadas para este retorno, quando, é importante frisar, não havia ainda estudantes no Campus, nem tampouco aulas presenciais. O Sindicato solicitou à gestão do Campus a revisão desta decisão, apresentando, em minúcias, todo o amparo legal para o retorno gradual, a exemplo do que foi feito pela Reitoria e pelos demais campi, e as incoerências das justificativas apresentadas pela gestão do Campus para este tipo de retorno. De forma autoritária e insensível, a resposta do ofício foi dada em forma negativa ao pleito apresentado. Não se pode falar em qualidade de vida dos servidores quando as práticas cotidianas apontam para uma direção totalmente contrária a isto. Como diria um velho barbudo, a prática é o critério da verdade.

Ao final da Assembleia, foram aprovados os seguintes encaminhamentos:

  1. a) envio de ofício solicitando reunião com gestão local e reitoria acerca da sobrecarga de trabalho (a exemplo das comissões e convocações em finais de semana, tecnologias de desempenho e gerenciamento do trabalho), condições de trabalho dada a situação crítica das salas de aula e seus equipamentos;
  2. b) solicitação de pauta dentro das discussões da Reitoria itinerante, no próximo sábado, 02 de abril, para que a Seção Sindical de Base apresente as questões levantadas nesta assembleia.

No mais, as servidoras e servidores presentes concluíram a Assembleia reforçando o espírito de luta e a necessária unidade para uma mobilização massiva e efetiva, para que esta se converta em vitórias e conquistas das duas categorias e dos trabalhadores em geral.

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