O 1º de Maio foi criado no processo de luta contra a exploração econômica, dominação política e opressão ideológica que o capital impõe sobre os trabalhadores. Instituídoa 135 anos, a partir dos protestos por melhores condições de trabalho realizados por trabalhadores e trabalhadoras da cidade de Chicago, seguido de violência contra os manifestantes, foi transformada numa data de referência da classe trabalhadora. Data historicamente comemorada sem patrões e seus partidos e políticos burgueses.
No Brasil, o1º de Maio 2021 ocorre sob contexto de crise econômica, social, política e sanitária, extraordinariamente agravada pela política reacionária em curso no país. Num conluio que envolve o Governo Bolsonaro-Mourão-Guedes, o patronato e os pelos partidos burgueses, está em curso um ajuste fiscal ultraneoliberal que restringe a aquisição de vacinas e reduz brutalmente o auxílio emergencial, bem como sabota o distanciamento social. Quadro que resultou, no atual momento, em 15 milhões de casos de contágio e aproximadamente 400 mil mortes pela COVID-19.
Não bastasse, Governo, patrões e partidos burgueses aproveitam a desmobilização da classe trabalhadora gerado pela pandemia para aprovar leis que ampliam a retirada de direitos. Trata-se de ampliação do ajuste fiscal voltado para o desmonte do funcionalismo e dos serviços públicos, conjuntamente a um programa de privatizações. Estão a “passar a boiada” sobre os direitos da classe.
Tal realidade também se estende em nível de estados e municípios. Em articulação com empresários, grande parte de governadores e prefeitos flexibilizam medidas protetivas no comércio, nas empresas, bem como pressionam pela reabertura das escolas e retorno das aulas presenciais.
Esse contexto de crise estrutural é sobremaneira agravado pela ampliação da inflação, do desemprego, da fome e da indigência.
Infelizmente maioria das Centrais Sindicais (CUT,CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central, CSB e Intersindical-Central da Classe Trabalhadora) romperam com aquele que é um princípio basilar do 1º de Maio: a independência de classe. Decidiram convocar um ato nacional de 1º de Maio convidando algozes da classe trabalhadora, das camadas populares e da juventude. Figuras emblemáticas do “Centrão” como os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, respectivamente Arthur Lira (Progressista) e Rodrigo Pacheco (Democratas); governadores como João Dória (PSDB); políticos artífices das reformas trabalhista e previdenciária, como o ex-presidente da câmaraRodrigo Maia (DEM); e o ex-presidente campeão da agenda neoliberal no Brasil, Fernando Henrique (PSDB). Para o Sintef-GO, unidade com a burguesia em um 1º de Maio, serve apenas para enfraquecer e desmobilizar, política e ideologicamente, a resistência dos trabalhadores!
Tal fato “não é um raio em dia de céu azul!” Para o bom entendedor está claro! As últimas reviravoltas político-jurídicas votaram a realimentar a sanha de partidos de centro-esquerda de voltar ao governo federal em 2022, mediante aliança setores da centro-direita e da direita fisiológica tradicional. Isto é, reconstruir a aliança entre capital e trabalho, mediante a conciliação de classes, a desmobilização da classe trabalhadora e a sua consequente passivização.
Nesse contexto, o Sintef-GO não participará de qualquer atividade presencial ou on-line que se façam presentesos inimigos da classe trabalhadora. Por sua vez, orienta a sua base para participar de espaços e iniciativas que visem compor os atos e atividades estaduais de Frente Ampla (ou Frente Única) classista, em prol da construção do 1º de Maio, independente e de resistência!
Pelo fortalecimento das campanhas de solidariedade! Pelo auxílio emergencial de R$ 600! Pela estabilidade no emprego! Pelo congelamento de preços dos produtos da cesta básica! Pela vacinação para todas e todos pelo SUS! Pela quebra de patentes de vacinas e medicamentos de combate a COVID-19!
Pela independência política dos trabalhadores!
Fora Bolsonaro-Mourão-Guedes!
Sintef-GO,
na Luta!
Confira o texto em PDF: Por um 1 de maio classista