Assembleia realizada esta manhã no Auditório Demartin Bizerra ratificou decisão da base
Os docentes e servidores técnico-administrativos do IFG e do IF Goiano aprovaram por ampla maioria, na manhã desta sexta-feira (7/6), adesão à greve geral de 14 de junho. Ao longo da próxima semana, os demais sindicatos de servidores da Rede Federal e seções sindicais do Sinasefe pelo país devem ratificar a decisão da última plenária nacional da entidade, que aprovou a diretriz de paralisar as atividades da Rede em todo o país.
Os servidores do IFG e IF Goiano se somam aos bancários, químicos, professores universitários e da rede básica, técnico-administrativos em educação e trabalhadores do transporte (rodoviários, metroviários e ferroviários), que, por todo o país, já decidiram cruzar os braços no dia 14.
A assembleia se iniciou com uma análise de conjuntura, onde o secretário-geral do Sintef-GO, Walmir Barbosa, expôs o panorama histórico da construção da última greve geral no Brasil, em 28 de abril de 2017 – na época, contra a Reforma da Previdência do governo Temer. Ele ressaltou que, após essa primeira greve, que mobilizou cerca de 35 milhões de trabalhadores pelo país, houve um posterior processo de esvaziamento e desmobilização promovido pelas grandes centrais sindicais.
Foram marcadas duas novas greves, para 30/06/2017, e 5/12/2017, que acabaram se transformando em dias nacionais de mobilização contra a reforma da previdência e trabalhista, uma vez que as centrais optaram por negociar o imposto sindical com o governo em troca de desmobilizar o movimento paredista. Como resultado, destacou Walmir, a Reforma Trabalhista foi aprovada e a situação evoluiu até chegar no momento político atual, de avanço da autocracia burguesa gerido por um governo de tendências fascistas.
Contudo, prosseguiu o secretário-geral, a retomada das lutas de massa nas ruas em torno da defesa da educação pública, dos direitos sociais e das liberdades democráticas, que se viram nos dias 15 e 30 de maio deste ano, serviram de engajamento crescente para a ocorrência da greve geral de 14 de junho. “O 15 de maio foi um dia importante do ponto de vista do acúmulo político para a greve geral, pois unificou a ação sindical grevista dos trabalhadores da educação com as mobilizações do movimento estudantil. Já no dia 30, capitaneado pelas entidades nacionais de representação dos estudantes, as manifestações de rua auxiliaram bastante também na construção do clima político entre a classe trabalhadora para construir a greve em defesa das liberdades democráticas, dos direitos sociais e contra a reforma da previdência”, conclui o professor.
Encaminhamentos
Além da aprovação da paralisação, foi decidido que o Sintef-GO se empenhará na construção de assembleias e atividades em diversos campi do IFG e do IF Goiano, afim de mobilizar as demais regionais para a greve. Na próxima segunda-feira (9/6), haverá uma assembleia dos servidores do IFG – Câmpus Itumbiara, com presença da diretoria do Sintef-GO, convidada a participar dos debates.
O Sindicato também produzirá materiais de divulgação e convocação para o ato da greve que, em Goiânia, será a partir das 10h da manhã, com concentração no Coreto da Praça Cívica.