Setembro é o mês da conscientização e prevenção ao suicídio. A campanha Setembro Amarelo é realizada em diversos países, tendo ganhado espaço no Brasil a partir de 2013.
Neste ano o tema da campanha é o mote: se precisar, peça ajuda.
Segundo informações da Organização Mundial de Saúde, o suicídio é a quarta causa de morte mais comum entre jovens, matando mais do que o HIV, a malária, o câncer de mama, guerras ou homicídios. Só no ano de 2019 foram 700 mil pessoas que tiraram a própria vida no mundo.
A Associação Brasileira de Psiquiatria destaca que quase 100% dos casos de suicídio estavam relacionados às doenças mentais. Em outras palavras, muitos óbitos poderiam ter sido evitados com o devido tratamento.
A frase “se precisar, peça ajuda” põe em evidência uma dificuldade recorrente em pessoas que cogitam o autoextermínio: achar que não merecem ajuda ou que as pessoas ao redor não entenderão sua dor. Esse tipo de receio pode ter diversas fontes, mas invariavelmente leva a prolongação do sofrimento da pessoa doente com um possível fim fatal.
Diante disso, no Setembro Amarelo deste ano nós devemos nos informar sobre os sintomas e buscar ajuda quando necessário. A nossa sociedade está cada dia mais patógena. O isolamento social tornou-se parte da rotina de milhões de trabalhadoras, trabalhadores, o lazer, o esporte e a cultura tornaram-se mercadorias das quais a grande maioria da população encontra-se alienada, e o individualismo é o modelo a ser seguido, em ideologias dominantes, como a do empreendedorismo.
Para o Sintef-GO, essa realidade, acrescida de muitos outros fatores que variam de acordo com o contexto, individualiza uma dor que é sentida por uma pessoa, mas que de forma alguma é individual. Da mesma forma como cada pessoa pode ser vítima desse tipo de sofrimento, outros também podem estar passando pelo mesmo. Assim, um pedido de ajuda pode se tornar um primeiro passo para uma rede de apoio, como muitas que existem em experiências isoladas pelo país.
Enquanto saudáveis, nos cabe lutar por transformações estruturais em nossa sociedade, superando desigualdades sistêmicas e ordenamentos sociais baseados na meritocracia e na competitividade, proporcionando um contexto social favorável à justiça, à igualdade e à saúde plena!
Você pode saber mais sobre o suicídio e como prevení-lo nesta cartilha elaborada e publicada pelo Conselho Federal de Medicina.