Sábado, 09 de abril é a data de retomada da mobilização nacional pela retirada de Jair Bolsonaro da Presidência da República. É o Dia Nacional de Mobilização “Bolsonaro Nunca Mais! Contra o aumento dos combustíveis e do gás! Não à fome e ao desemprego!”.
A sociedade brasileira convive com um processo de agravamento da crise econômica e social. Crise que se fez acompanhada por uma pandemia que se desenvolveu tendo à frente um governo que negava a sua existência e que sabotava a vacinação e a promoção de políticas protetivas, redundando em mais de 660 mil mortes.
O desemprego mantém 11% da população sem qualquer forma de trabalho, atingindo diretamente 12 milhões de trabalhadores e trabalhadoras. Quem está empregado/a ou subempregado/a, em decorrência da reforma trabalhista, passou a receber menos, o que levou à queda da renda familiar.
Os preços dos combustíveis e do gás não param de aumentar, com o diesel tendo crescimento de 24,9%, a gasolina 18,8% e o gás de cozinha 16,1%. Essas elevações de preços têm concorrido fortemente para o crescimento da inflação, que em 2021 foi de 10,79% e que pode novamente superar em 2022 aos 10%.
A crise econômica e social resultou em um aumento histórico da carestia: já são 19 milhões de pessoas que passam fome diariamente e 116,8 milhões se encontram em estado de insegurança alimentar episódico ou permanente. Para além da piora nas condições de vida dos trabalhadores e das trabalhadoras e das camadas populares, aumentou a população marginalizada. Aqueles e aquelas que resistem a esse quadro por meio de ocupações de lotes e prédios abandonados como forma de sobreviver vivem sob constantes ameaças de despejos ao invés de ser adotada pelo governo Bolsonaro uma política séria de garantia da população à moradia.
A educação brasileira também sofreu ataques implacáveis desse governo. A educação básica teve corte de R$ 402 milhões da dotação orçamentária que havia sido aprovada no Congresso Nacional. O conjunto dos vetos desse governo redundou na perda de R$ 739,8 milhões.
O pouco investimento em educação se evidencia ainda mais nesse momento em que um dos efeitos da Pandemia, além das mortes, foi o afastamento de crianças, adolescentes, jovens e adultos da classe trabalhadora das escolas, institutos e universidades. Uma realidade que está requerendo grandes esforços dos trabalhadores e trabalhadoras da educação e da sociedade como um todo e com a qual o governo Bolsonaro não se compromete e ainda faz pouco caso.
Outra evidência desse descaso é o pouco cuidado com a pasta da educação. O Mec tem no período desse governo os piores gestores: descomprometidos com a manutenção e ampliação das pautas da educação e voltados a interesses privatistas e clientelistas. Exemplo disso são os constantes pedidos de exoneração de profissionais de carreira em razão do pouco crédito das ações empreendidas e a saída do último ministro, o pastor Milton Ribeiro, exonerado em razão de escandalosas denúncias de corrupção que começam a ser investigadas.
O quadro de fome, desemprego e carestia, somado às antipolíticas sociais do governo Bolsonaro, à exemplo da que está em curso na educação, demandam um programa com medidas emergenciais e perspectiva de mudanças estruturais para reverter esta realidade. Programa este que tem que ser agitado e construído junto à classe trabalhadora por meio de uma ação permanente de comunicação nas mídias alternativas, redes sociais e o apoio permanente a espaços coletivos de denúncia do desmonte e de busca pela reconstrução desse país.
O quadro atual impacta em cada município e também demanda a condução de um conjunto de lutas sindicais e populares com base nesse programa e na perspectiva de mudanças estruturais. Os trabalhadores e as trabalhadoras da educação da Rede Pública Municipal de Goiânia em greve, desmascarando o Prefeito (privatista, repressor e manipulador de licitações) Rogério Cruz (Republicanos), tendo à sua frente o Sintego e o Simsed, bem como o movimento de luta por concurso público nas Redes Públicas de Educação Estadual e Municipal de Goiânia, tendo à frente a entidade e movimento Observatório da Educação, nos proporcionam bons exemplos de como conduzir nossas lutas.
Por compreender que não suportaremos e não aceitaremos mais governos massacrando a classe trabalhadora, o Sintef-GO, ao lado de centrais sindicais e frentes de lutas conclama servidores e servidoras do IFG e IF Goiano para que participem da construção do Dia 09 de Abril: Dia Nacional de Mobilização “Bolsonaro Nunca Mais! Contra o aumento dos combustíveis e do gás! Não à fome e ao desemprego!”.
Em Goiânia, a mobilização ocorrerá na Praça do Trabalhador, a partir das 16h, com passeata prevista até o Coreto da Praça Cívica com previsão de saída às 18h.
Contra o aumento dos combustíveis e do gás!
Não à fome e ao desemprego!
Em defesa da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade!
Sintef-GO,
Na Luta!