Na manhã de hoje, os servidores do IFG e IF Goiano realizaram assembleia geral da categoria no Auditório Demartin Bizerra (IFG Câmpus Goiânia). O evento foi convocado no intuito de informar os servidores das últimas ações do sindicato e de votar a construção e participação na Greve Geral do serviço público que está sendo convocada para 18 de março.
O secretário-geral do sindicato, Walmir Barbosa, e a diretora financeira, Regina Célia, compuseram a mesa e iniciaram os trabalhos passando alguns informes sobre as últimas ações da diretoria. Destacou-se que o sindicato adquiriu uma casa própria, na Rua 79, que funcionará, dentro de poucos meses, como a nova sede administrativa da entidade.
O professor Marcelo Lira, presidente do Sintef-GO, informou também que haverá uma reunião da diretoria junto à Reitoria na próxima semana para discutir a respeito da implantação do ponto eletrônico no Instituto.
“A implantação do ponto eletrônico é parte de uma estratégia de fechamento dos espaços democráticos e do aumento da vigilância e do controle dentro não só das instituições públicas de ensino, mas em diversos espaços de sociabilidade. Isso é parte do conflito entre os setores liberais-autoritários e os setores protofascistas que disputam, hoje, os rumos do Estado”, explicou o professor.
A plenária relembrou, também, a perseguição política sofrida pelo professor Rodolfo Fiorucci, diretor do Câmpus Jacarezinho do Instituto Federal do Paraná. O docente foi denunciado anonimamente no Ministério Público Federal por ter criticado o presidente Jair Bolsonaro em sua conta pessoal no Facebook. O IFPR avalia entrar com processo administrativo no Conselho de Ética da instituição para averiguar a conduta do professor.
No geral, as falas tanto dos membros da mesa como dos servidores na plenária foram no sentido de denunciar o avanço de medidas de exceção, mentira e censura por parte do governo federal. Também foi argumentado como a política de austeridade fiscal se fortalece não só no sentido de arrochar o investimento público, mas de limitar até mesmo gastos correntes da administração pública, como a abertura de concursos, pagamentos de verbas indenizatórias, progressões na carreira, etc, conforme foram indicadas recentemente no Ofício-circular nº 08/2020.
Encaminhamentos
Além da aprovação da participação na Greve, foi citada a necessidade de se fortalecer a articulação entre o movimento sindical e os movimentos estudantil, feminista, negro, LGBT e de cultura que existem dentro dos Institutos, como forma de unificar a luta.
Ao mesmo tempo, pautou-se que é importante o trabalho de pressão parlamentar contra a retirada de direitos de servidores públicos, por meio da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, que reúne 255 deputados federais e 21 senadores.