Servidores do IFG e IF Goiano votaram pela adesão à greve nacional da educação em assembleia que contou com expressiva participação estudantil
Em assembleia realizada no dia 10 de maio, no Auditório Demartin Bizerra (IFG – Câmpus Goiânia), os trabalhadores do IFG e IF Goiano decidiram, por amplo contraste, pela participação e construção da greve nacional da educação no dia 15 de maio. Os estudantes também compareceram em peso, e realizaram falas de apoio à greve, vocalizadas pelos representantes de Grêmios Estudantis e do DCE-IFG. Ao todo, cerca de 110 pessoas participaram do evento, que foi convocado pelo Sintef-GO.
Conforme explica o secretário-geral do sindicato, Walmir Barbosa, “a greve geral na educação tem em vista a luta contra os cortes de 30% nas verbas de custeio das instituições federais de ensino, além da Reforma da Previdência, que ameaça extinguir o direito à aposentadoria de grande parte da sociedade brasileira. Esperamos que a mobilização do dia 15 sirva de acúmulo para fortalecer o 14 de junho, data que as centrais tiraram como dia da greve geral nacional contra a Reforma da Previdência”.
Além da paralisação, foi deliberada a organização de uma audiência pública, com participação conjunta de lideranças sindicais, estudantis e da Reitoria do IFG, para apresentação de dados dos repasses do governo para a instituição, o impacto dos contingenciamentos e as perspectivas para a realidade financeira da Rede Federal. O professor Walmir Barbosa explica: “a audiência pública será um espaço democrático e de debate para que toda a comunidade do IFG, com suas representações estudantis, sindicais e de departamento, incluindo o corpo gestor e a Reitoria, possam se inteirar com informações precisas sobre a realidade econômica atual do instituto, e traçar estratégias de resistência ao desmonte da educação em geral e dos IFs em particular”.
Confira as fotos da assembleia
Dia 15 em Goiânia
Em Goiânia, no dia 15, são esperadas paralisações nos CMEIs, colégios secundários da rede pública, em alguns colégios e universidades privadas, na UFG, em alguns campi da UEG e nos Institutos Federais. Haverá uma manifestação na Praça Universitária que se iniciará às 15 horas e descerá em passeata até o Palácio Pedro Ludovico, na Praça Cívica. A passeata ocorrerá logo após uma assembleia estudantil unificada dos alunos da UFG, UEG, IFG e IF Goiano, que começará às 13h, e terá a participação de convidados representando os sindicatos de trabalhadores da educação.
A quarta-feira desta semana mobiliza todos os trabalhadores da educação básica e superior do país, principalmente na área pública, na construção da greve nacional contra a reforma da previdência e o desmonte das universidades, institutos federais e do ensino básico. O governo Bolsonaro, após criticar as ciências humanas, afirmando que elas não geram retorno para a sociedade, cortou diversas bolsas de pesquisa da CAPES e bloqueou 30% da verba de custeio das UFs e IFs (orçamento destinado a pagar terceirizados, material de escritório e laboratório, conta de água e luz etc).
Além disso, as verbas que a União repassa aos estados e municípios para custearem a educação pública nos níveis fundamental e médio, através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), sofreram corte superior a 2,5 bilhões de reais (47% do total), contrariando o discurso oficial do governo, de que os cortes no ensino superior e na pesquisa seriam destinados à educação básica. A convocatória para o dia 15 vem assinada por representações sindicais dos professores universitários (Andes e Proifes), técnico-administrativos (Fasubra), servidores da Rede Federal (Sinasefe e seus sindicatos filiados, como o Sintef-GO), trabalhadores da rede básica (CNTE), União Nacional dos Estudantes (UNE) e Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG).
Manifestação (Passeata)
Data: 15/05/2019
Horário: 15h
Concentração: Praça Universitária
Finalização: Praça Cívica (Palácio Pedro Ludovico)