Na manhã desta segunda-feira (28/05) a diretoria do Sintef-GO esteve presente nos pontos de paralisação dos caminhoneiros grevistas nas saídas de Senador Canedo e Aparecida de Goiânia. O sindicato buscou estabelecer aproximação e diálogo com a categoria, oferecendo solidariedade no que fosse de interesse dos caminhoneiros.
O movimento é heterogêneo, com lideranças que defendem desde a simples redução na carga tributária dos combustíveis, não somente do diesel, mas também da gasolina e do gás de cozinha, até outras que pautam a intervenção militar no governo federal e renúncia de Temer como única saída para eles voltarem ao trabalho.
Outros caminhoneiros defendem a reestatização da produção e refinamento do petróleo pela Petrobrás como forma de garantir a manutenção dos preços dos combustíveis mesmo com a variância no mercado internacional. Essa pauta vai ao encontro da defesa dos petroleiros da Petrobrás, que anunciaram, através da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que realizarão uma greve de 72 horas entre os dias 30 de maio e 1º de junho, contra a privatização da Petrobrás, pela saída de Pedro Parente da presidência da empresa e pelo pleno uso da estrutura da petrolífera na produção e refinamento de combustível.
O Sintef-GO se mantém solidário e de prontidão para auxiliar aos trabalhadores grevistas e entende que as manifestações, apesar de todas as suas contradições e complexidades ideológicas e políticas, expressa um justo protesto dos trabalhadores brasileiros, sobretudo dos mais precarizados, contra o encarecimento de itens básicos para a sobrevivência como o gás e a gasolina, o desemprego recorde que atinge mais de 27 milhões de pessoas, a corrosão no poder de compra dos salários e a profunda insatisfação e crise de representatividade com o a classe política e o sistema político e judiciário como um todo no país.